quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Centenário de Mário Lago

O mês de novembro de 2011 marcará o centenário de nascimento de um dos grandes nomes da arte no Brasil no século 20: Mário Lago.


Ele nasceu no dia 26 de novembro de 1911 no Rio de Janeiro. Foi um advogado, poeta, radialista, compositor e ator.

Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, foi criado no bairro da Lapa. Começou pela poesia, e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos.
Formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, mas jamais exerceu a profissão. Nesta época se influenciou nas idéias do Partido Comunista. Por causa dessa militância, foi preso por sete vezes.

As várias fases da vida de Mário Lago

Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. Sua estréia como compositor de música popular em 1935.
Mário Lago foi autor de sambas populares nas décadas de 40 e 50 como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves,

"Atire a primeira pedra" (na voz de Elza Soares)

Em "Ai que saudades de Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que o nome "Amélia" tornou-se sinônimo de mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.

"Ai que saudades de Amélia" (na voz de Noite Ilustrada)

Porém, a sua música mais conhecida foi a marchinha de Carnaval "Aurora". Até hoje, é uma das  mais tocadas e pedidas nos bailes carnavalescos. 
Quem nunca cantou esse refrão: "Se você fosse sincera, ô ô ô, Aurora!!!"



Mais uma canção inesquecível: "Nada Além", composta por Mário Lago e Custódio Mesquita.
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
É melhor, bem melhor
A ilusão do amor

Mário Lago foi ator e roteirista de radio novelas, escreveu livros. Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo. Ainda atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.

Outra música marcante foi o samba chamado "Fracasso".


Ele foi casado por quase 50 anos com Zeli Cordeiro Lago e teve cinco filhos. Também era um grande boêmio e torcedor do Fluminense.


Mário Lago morreu no dia 30 de maio de 2002, aos 90 anos de idade, em sua casa, no Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar.

Para comemorar o centenário de Mário Lago, foi criado um site especial “Homem do Século 20 – Memória em Movimento”

Uma das frases marcantes dele:
"Eu não sou saudosista. Não fico lamentando: ’ah, o meu tempo’. Meu tempo é hoje!"


Texto de Daniel Vito 

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