sábado, 28 de abril de 2012

"Você se Lembra?" Alphaville


O blog Papo do Som vai relembrar uma das ótimas bandas dos anos 80 ... Alphaville .


Nascida em Münster, na antiga Alemanha ocidental, em 1982, o Alphaville é uma das bandas pioneiras do New Romantic europeu. Tinha como integrantes Marian Gold (nome verdadeiro Hartwig Schierbaum), Bernhard Lloyd (Bernhard Gößling), e Frank Mertens (Frank Sorgatz).

O primeiro nome da banda foi “Forever Young” e depois alterado para Alphaville.


O grupo produziu uma das melhores canções da década de 80 (na minha opinião) “Big in Japan”. É o que eu chamo de música perfeita: desde o primeiro acorde você curte a canção e não consegue ficar parado. É uma das minhas favoritas dos anos 80.


O curioso é saber que Marian Gold ficou sabendo que “Big in Japan” estava no topo das paradas enquanto descascava batatas em um restaurante onde trabalhava como ajudante de cozinha.

O sucesso veio logo no primeiro disco, chamado “Forever Young”, lançado em setembro de 1984. Estourou nas paradas do mundo inteiro com as canções “Big in Japan”, ”Forever Young” e “Sounds Like a Melody” (esta canção depois regravada em dance music na voz de Randy Bush).

"Forever Young" foi outra música de muito sucesso. Reflete um dos mais remotos desejos das pessoas: Ser eternamente jovem. Toca até hoje em rádios "adultas". Uma bela canção!
"Eternamente jovem, eu quero ser eternamente jovem.
Você realmente quer viver eternamente? Para sempre ou nunca"



Infelizmente os outros discos ao Alphavillie não tiveram destaque e depois de se tornar mundialmente famoso o grupo foi sumindo ao longo da década de 1990, até praticamente desaparecer do cenário musical.

No ano passado, eles aproveitam o resgate do estilo oitentista e voltam à cena com o disco "Catching Rays On Giant", 13 anos após o último álbum oficial.

Para Marian Gold, o fato de o grupo ter sido esquecido não é motivo para  desapontamento. Na opinião dele, os discos anteriores do Alphaville foram feitos de forma mais experimental, e talvez por isso não tenham despertado o interesse do grande público.

Apesar de poucas canções, o que importa é que ficaram marcadas para sempre na história da música mundial.



Texto de Daniel Vito

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Roberto Carlos 71 anos - O Rei das Emoções


É muito bom falar sobre amor e as coisas do coração... e não existe artista que melhor expresse isso do que Roberto Carlos:... um gênio, um mito, o Rei!!!... É o artista brasileiro que mais vendeu discos no mundo e mantém o sucesso por mais 50 anos...
No dia 19 de abril, o maior cantor da história do Brasil completa 71 anos....


Ele conseguiu, como ninguém, expressar os sentimentos de amor, paixão, romance, encontros, brigas, separações, desilusões, família, natureza, amizade, Fé e esperança.

Quem nunca namorou, dançou, beijou, chorou, riu, rezou, amou ao som de Roberto Carlos. Impossível alguém não se lembrar de uma música dele. Ele é a trilha sonora da vida de milhões de pessoas.


Eu gosto demais das músicas dele, principalmente as dos anos 60 e 70... mas nem vou alongar muito, até porque Roberto Carlos dispensa maiores apresentações. Apenas vou colocar algumas canções que eu gosto e marcaram a minha vida.... Realmente são muitas emoções!!!

Sempre curti muito o período dele na Jovem Guarda... Destaque para a música "Namoradinha de um Amigo Meu", de 1966... "Um dia sem querer, olhei pro seu olhar e disfarcei até para ninguém notar"....

Ainda em 1966, tem outra música que eu gosto: "Eu Te Darei o Céu"... 
"Você pode até gostar de outro rapaz que lhe dê amor, carinho e muito mais, porém mais do que eu ninguém vai dar.... Até o infinito eu vou buscar...."

Neste mesmo vídeo, tem a música "Que Tudo Vá Para o Inferno"...


Em 1967, é lançado o disco e o filme “Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura”, trazendo grandes clássicos... Separei três ótimas canções: “Por Isso Corro Demais”, “De Que Vale Tudo Isso”, “Você Não Serve Para Mim”....
Por Isso Corro Demais

De Que Vale Tudo Isso

Você Não Serve Para Mim

Do disco de 1969, outras duas belas músicas: "As Curvas Da Estrada de Santos” e As Flores Do Jardim Da Nossa Casa” 
"As Curvas Da Estrada de Santos"

As Flores Do Jardim Da Nossa Casa” Canção espetacular, feita em um dos momentos mais difíceis de sua vida, pois o seu filho Dudu (Segundinho) foi levado para a Alemanha fazer um tratamento contra o glaucoma.
Diante de tão difícil situação, o Rei inspirou-se mais ainda compondo esses belos versos.

Nos anos 70, ele entra na fase romântica, embalando os grandes amores... Vou começar com "Detalhes", de 1971, um dos maiores sucessos da carreira do rei... A música é o resumo de uma grande dor de cotovelo de amor..... "Não adianta nem tentar me esquecer; Durante muito tempo em sua vida eu vou viver"....

No mesmo ano, foi lançada a música "Amada Amante", uma das minhas favoritas......
"E você amada amante faz da vida um instante ser demais para nós dois".

Outra música espetacular.... "Cavalgada", de 1977... Descreve de maneira sublime uma noite de amor...
"Vou cavalgar por toda a noite, por uma estrada colorida... usar os meus beijos como açoite e a minha mão mais atrevida". 

Mais uma linda canção que embalou e ainda embala muitos romances: "Café da Manhã", de 1978;... É o sentimento de querer estar ao lado da pessoa amada não se importando com mais nada; o tempo, o trabalho e as preocupações da vida....

Em 1981, Roberto Carlos lança o disco com a clássica "Emoções", ... é a música da vida de milhares de pessoas, trazendo lembranças e recordações.... "Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo!!!!"...

Outra canção dos anos 80 que eu gosto muito é "Coisas do Coração", de 1987, feita pelo Paulo Sérgio Valle e o maestro Eduardo Lages.... 
Mesmo a letra não sendo dele, o Rei expressa da melhor maneira os sentimentos de amor.....
 "Pode ser amor pode ser paixão, mas seja qual for a explicação... meu bem porque querer saber coisas do coração".


São tantas músicas inesquecíveis que eu ficaria horas e horas postando e escrevendo.....

Mas Roberto Carlos merece.... Simplesmente O Rei!!!!!


Texto de Daniel Vito


sábado, 14 de abril de 2012

"Você se Lembra?" Sérgio Sampaio


Em função da total falta de tempo, fazia 10 dias que não escrevia um texto para o blog... Mas apesar da correria dos trabalhos, sempre que possível, colocarei novos posts e bater papo sobre esta paixão que é a música....

Vou apresentar mais um quadro “Você se Lembra”... e vamos viajar nos anos 70 com um artista que foi “marginalizado”, porém, é autor de uma das músicas mais legais da MPB. Estou falando de Sérgio Sampaio, autor do sucesso "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua".


Ele nasceu no dia 13 de abril de 1947 em Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, mesma cidade de Roberto Carlos.... Sempre foi grande fã de rádio, até que conseguiu trabalho numa emissora da cidade natal, como locutor.

Na década de 60 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou atuando como radialista. Frequentou a vida boêmia carioca, atraído pela música e a bebida; morou em pensões baratas e até na rua, chegando a mendigar comida.

No Rio de Janeiro conheceu o baiano Raul Seixas, então produtor musical da gravadora CBS (atual Sony Music), dando início a uma longa amizade e parceria. Raul é considerado o "descobridor" de Sérgio Sampaio.

Sérgio Sampaio e Raul Seixas

Em 1970 lançou-se como cantor, dividindo com Raulzito, Miriam Batucada e Eddy Star o disco "Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta: Sessão das Dez".

No ano de 1972 lançou um disco com a música "Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua", com a qual classificou-se para o 7º Festival Internacional na Canção.
A música foi um estouro, tornando-se hit no carnaval de 1973.
Uma canção gostosa de se ouvir, uma ótima interpretação.

O curioso é que mesmo com a faixa de grande sucesso, o álbum foi um fracasso comercial e de crítica.

Gravou mais dois discos: em 1976 o LP "Tem Que Acontecer", pela Continental e em 1978 "Sinceramente", por uma gravadora independente, que também não emplacaram boas vendagens.

Completamente afastado da mídia, a carreira só experimentou um recomeço no início da década de 1990, quando velhos sucessos foram novamente lançados por Elba Ramalho, Luiz Melodia, Roupa Nova e outros.

Em 1994 acertou com a gravadora Baratos Afins o lançamento de um disco com músicas inéditas, mas por consequência da vida desregrada, morreu vítima de pancreatite, em 15 de maio do mesmo ano, antes de concretizar o projeto.

O cantor Lenine disse que Sérgio Sampaio foi um nome marginalizado e que equipara a Tim Maia e Raul Seixas, como um dos "malditos" da música popular brasileira.


Em 1998 foi lançado CD tributo "Balaio do Sampaio", uma homenagem póstuma em que vários intérpretes executam as suas composições.

Fica aqui a lembrança de uma excelente canção que marcou época.


Texto de Daniel Vito

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Rock Brasil - Parte 7 (O Rock dos anos 70) - por Rogério Moreira


Muita gente considera os anos 70 como uma década perdida para o rock nacional com exceção de Raul Seixas e Rita Lee...Não é bem assim. Tínhamos muita gente fazendo bons trabalhos...Tá certo que uma boa parte tinha um pé na MPB e alguns optaram por seguir neste estilo com o tempo...Também tínhamos vários grupos enveredando pelo rock progressivo, o que dificultava sua execução nas rádios, que sempre priorizou um som mais comercial...Selecionei alguns nomes que achei interessantes...


Começando pelos Novos Baianos...Ok, você pode dizer que eles são mais para a MPB do que para o rock, com suas influências de João Gilberto, do chorinho, baião, frevo, Tropicália e etc...Mas alguém poderá dizer que a música "Mistério do planeta", lançada no disco "Acabou chorare", de 1972, não é rock?


Um outro grupo que gosto muito foi o trio Sá, Rodrix & Guarabyra...Eles criaram um estilo chamado rock rural...Destaco:  "Mestre Jonas"

E uma música que para mim tem cara daqueles que curte São Tomé das Letras, Trindade e Visconde de Mauá...
"A primeira canção da estrada"

A banda Moto Perpétuo, revelaria Guilherme Arantes...Ela seguia a linha do rock progressivo...Aqui a música "Verde vertente" lançada em 74...

Os Almôndegas foram uma banda gaúcha que mesclava rock com MPB e folclore gaúcho. Deste grupo saiu a dupla Kleiton & Kledir. Um sucesso do grupo foi "Canção da meia-noite", que fez parte da trilha sonora da novela "Saramandaia", em 76.

Teremos outros posts com o rock brasileiro dos anos 70. Termino esta primeira parte com o grupo "O Terço", uma das bandas mais importantes da história do rock brasileiro. O grupo misturava rock progressivo, rock rural e MPB. Está até hoje na ativa com o guitarrista Sérgio Hinds, único membro presente desde o início. Pelo "O Terço" já passaram Flávio Venturini e Sérgio Magrão, que formariam o 14 Bis, e também Vinicius Cantuária.

"Hey amigo", música de 75, é um clássico e lembra muito o estilo do Deep Purple...

Do mesmo ano temos "Criaturas da noite", lançado no disco de mesmo nome, com o vocal de Flávio Venturini.

E termino com "Casa encantada", de 1976

Um abraço,

Para quem ainda não leu as cinco primeiras partes do especial Rock Brasil, seguem abaixo os links:



Texto de Rogério da Hora Moreira
Programador da Rádio Metropolitana FM / São Paulo


segunda-feira, 2 de abril de 2012

O fantástico show "The Wall" de Roger Waters


Hoje vou escrever um breve post sobre um show que eu tive a honra de assistir no estádio do Morumbi, no dia 01 de abril. E o melhor de tudo: não foi mentira!.... Eu vi o mega espetáculo The Wall de Roger Waters!!!!


Depois de 5 anos, o ex-líder do Pink Floyd voltou ao Brasil para uma série de quatro shows....
Waters subiu no palco do Morumbi, às 19h45, com 15 minutos de atraso. Porém, o público nem se importou, pois já imaginava o que viria pela frente.
A aura no local parecia como se estivéssemos preparados para acompanhar algo mágico... pessoas de várias idades ansiosas para ver este grande ícone da música mundial, de 68 anos.
A canção de abertura foi "In The Flash?"

Foi realmente uma experiência que foge da realidade, aguçando todos os sentidos das 70 mil pessoas presentes no estádio.
Muitas luzes, fogos, e um áudio espetacular em 360 graus.... o som rolando no palco com as caixas posicionadas em locais diferentes do campo... Em alguns momentos, tinha-se a impressão de que um helicóptero ou um avião viesse por trás do público prestes a cair no meio do palco.

Um dos momentos especiais foi durante a canção “Another Brick in the Wall

A música teve participação do Coral de crianças de Heliópolis... e eu registrei este momento, com uma foto ao lado da garotada!!!!

Outro destaque da noite ficou para o telão... um muro de 140 metros de comprimento e 10 de altura que foi erguido durante o espetáculo.... 
Ainda teve a homenagem ao brasileiro Jean Charles de Menezes, morto no metrô londrino em 2005 por policiais..... e ao fim do primeiro disco (The Wall consiste num álbum duplo), houve um intervalo de 20 minutos para o público recuperar o fôlego, ir ao banheiro ou tomar uma cervejinha.... Conforme indicava a mensagem no muro.


Uma das músicas que levaram a galera ao delírio na segunda parte foi Comfortably Numb

Durante a apresentação do Morumbi, eu vi muitas reações: pessoas cantando a plenos pulmões, sorrindo ou chorando copiosamente, com a emoção a flor da pele.
Realmente um show impecável, maravilhoso, fantástico.... um dos melhores momentos que eu vivi na música... algo indescritível...!!!!!!!

Mais uma canção sensacional: "Mother"

Tentei passar com fotos e alguns vídeos o que aconteceu... mas digo que não dá para ilustrar nem 1% da emoção do momento!!!!



Confira o setlist completo do show
Primeira parte
In the Flesh?
The Thin Ice
Another Brick in the Wall The Happiest Days of Our Lives
Another Brick in the Wall (Part 2)
Mother
Goodbye Blue Sky
Empty Spaces
What Shall We Do Now?
Young Lust
One of My Turns
Don't Leave Me Now
Another Brick in the Wall (Part 3)
The Last Few Bricks
Goodbye Cruel World

Segunda parte
Hey You
Is There Anybody Out There?
Nobody Home
Vera
Bring the Boys Back Home
Comfortably Numb
The Show Must Go On
In the Flesh
Run Like Hell
Waiting for the Worms
Stop
The Trial
Outside the Wall


Totalmente escrito pelo então baixista e guitarrista do Pink Floyd, Roger Waters, "The Wall' é quase uma autobiografia do músico. O disco explora o abandono e o isolamento, simbolizados por um muro metafórico construído entre o protagonista, Pink, e o resto do mundo.


Texto de Daniel Vito